04 jun 2020

Impactos do coronavírus no comportamento do crédito brasileiro

Empreender já não é das tarefas mais fáceis. Em tempos de crise, o cenário é ainda mais cheio de adversidades e obstáculos. Descubra neste artigo como a crise provocada pelo Coronavírus afetou os pedidos de empréstimo empresarial no país.
Impactos do coronavírus no comportamento do crédito brasileiro

Empreender na crise do Coronavírus diante de um cenário de incerteza tem gerado preocupação sobre os próximos passos das empresas: como será o retorno pós-crise?

Com quedas brutas na receita e necessidade de se adaptar à nova realidade, empreendedores estão percorrendo um caminho marcado por alguns obstáculos inéditos e pouco previsíveis. Nesse cenário, a tendência é um aumento significativo na procura por linhas de crédito que minimizem os efeitos da crise.

No entanto, os donos de negócio que estão na busca por crédito empresarial neste momento estão encontrando mais portas fechadas do que abertas. De acordo com pesquisa do Valor Econômico, com empreendedores de mais de 10 setores, algumas barreiras estão impedindo que os recursos necessários para pequenos negócios driblem a crise cheguem nas suas contas.  Entre elas, taxas altas e exigências mais fortes de garantias no momento de solicitação. (Fonte: Valor Econômico)

Pensando em entender melhor como os empreendedores brasileiros têm lidado com essa situação, fizemos uma pesquisa com os tomadores de crédito da Biz durante o mês de abril. Assim, essas informações podem ajudar a entender melhor o cenário, como podemos ajudar os nossos cliente e, ainda, ajudar outros empreendedores que também estão passando pelos mesmos problemas. 

Então, vamos aos resultados da pesquisa? Confira como a crise tem impactado pequenos negócios e como isso se reflete no seu comportamento de crédito. 

Empreender na crise: qual é o maior obstáculo? 

Depois de entender melhor a realidade de os empreendedores que pedem Biz estão vivendo, ficou claro que um dos principais obstáculos a serem enfrentados é a perda de receita. Com o isolamento social, ainda que tenham pensado em outras alternativas de atender seus clientes, boa parte dessas empresas sofreu consequências no faturamento e teve uma redução significativa das entradas de capital. Minas Gerais, por exemplo, principal afetado dentre os nossos clientes sofreu uma perda de cerca de 61% da receita dos empreendimentos, de acordo com o nosso Boletim do dia 07/05.

Região Metropolitana x Cidades do Interior

Para olhar mais de perto e entender melhor esse impacto, dividimos os nossos empreendedores em dois grupos: aqueles que fazem parte de regiões metropolitanas e aqueles que fazem parte de cidades do interior. Qual deles você acha que está vivendo um cenário mais difícil? 

De acordo com os nossos dados, 30% dos donos de negócio de regiões metropolitanas afirmaram ter perdido cerca entre 80 e 100% das suas receitas. Ou seja, foram profundamente afetados pela crise do Coronavírus. A realidade só se transforma quando olhamos somente para o Norte do Brasil. Os empreendedores de regiões metropolitanas nortistas, 30% deles, afirmam que a receita caiu  apenas 29%, número bem otimistas em relação ao resto do país. 

Nas cidades do interior, conseguimos ver um impacto menor da crise provocada pelo Coronavírus. Dentre os empreendedores, apenas 5% deles afirmaram ter tido consequências mais graves com a crise, com uma queda de 80% da receita da empresa. Ainda, cerca de 20% dos negócios viram uma redução menor da receita e impactos mais reversíveis. 

No entanto, o Sul apresenta alguns resultados diferentes das demais cidades do interior do país. Por volta de 38% dos empreendedores localizados nessas regiões viram a sua receita ser quase completamente perdida. O resultado mostra que, no interior região, os impactos do Coronavírus foram ainda mais fortes que nas suas regiões metropolitanas. 

Empresas grandes x Empresas pequenas

Num segundo momento do nosso estudo, fizemos uma comparação entre empresas maiores e empresas menores. E, quando olhamos para uma perspectiva um pouco diferente, o resultado também é interessante. 

Nossa pesquisa mostrou que empresas que faturam mais de 100 mil reais por mês estão sobrevivendo melhor à crise, com uma média de perda de receita 58% menor que empresas abaixo dessa faixa.

Empreender na crise: impactos no comportamento de crédito

Agora já entendemos melhor como os impactos da Covid-19 se apresentaram para diferentes regiões brasileiras, levando em consideração os diferentes resultados entre regiões metropolitanas e cidades do interior ou empresas pequenas e empresas grandes. Então, chegou a hora de olharmos para como isso se manifestou no comportamento de crédito desses empreendedores.

Em um primeiro momento, fizemos uma análise da variação de valor solicitado pelas indústrias, a partir de uma comparação com o último trimestre de 2019. Dentre as que precisaram de empréstimos maiores, estão a do turismo e transporte, com um aumento de 54%, e a de serviços de beleza, com um aumento de 52%. Por outro lado, farmácias, drogarias e mercados apresentaram um valor médio solicitado menor nos pedidos de empréstimo, com cerca de 25% de redução. 

Além disso, outra informação relevante do nosso estudo com os cliente Biz, foi o tamanho dos negócios dos empreendedores que solicitaram empréstimo. Em março de 2020, a médias dessas empresas era 5 vezes maior do que a média do tamanho dos solicitantes dos 2 meses anteriores, janeiro e fevereiro. Isso pode significar que pessoas que não precisavam de crédito da Biz agora precisam para enfrentar esse momento delicado.


Gostou das informações do nosso estudo sobre como empreender na crise com os empreendedores que pedem Biz? Queremos te ouvir! Conta para a gente como a sua empresa tem se movido para contornar os obstáculo deste momento. 

E, lembre-se: para além de oferecer empréstimo empresarial, com um processo rápido, seguro e online, nesta crise nós dedicamos todos os nossos esforços para vocês. Separamos os nossos espaços para compartilhar conteúdos exclusivos que foram pensados para te oferecer o nosso apoio durante a crise.

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Mas, se é de capital de giro que a sua empresa precisa para sobreviver, pede Biz

Fonte: Dados do Boletim Informativo, 24/04

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