17 nov 2021

Veja como fazer um planejamento estratégico de sucesso

Veja como fazer um planejamento estratégico de sucesso

Um dia, o investidor John Doerr apresentou à Larry Page e Sergey Brin, que iniciavam uma pequena empresa chamada Google, uma metodologia inovadora para colocar em prática os objetivos ousados que tinham. Usando essa metodologia de como fazer um planejamento estratégico, Larry e Sergey fizeram com que o Google fosse de cerca de 40 pessoas em 1999 para mais de 120 mil atualmente. 

Assim, o Google se tornou o maior case de sucesso da metodologia OKR, para definir objetivos e acompanhar se eles estão sendo atingidos. 

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Leia mais: conheça os indicadores de desempenho para o seu negócio.

O significado de estratégia

Pensar em estratégia é pensar em caminhos. Tais caminhos são necessários para atingir um objetivo específico em algum momento do futuro. A dificuldade de pensar a estratégia está em imaginar o que pode impactar o negócio no futuro ou, ainda, em sua visão do futuro enquanto empreendedor. 

Tradicionalmente, para alguns empreendedores, estratégia se resume à famosa tríade “missão, visão e valores”, sendo, de acordo com o Sebrae:

  • Missão: é a razão de ser da empresa, o que ela faz;
  • Visão: é a situação em que a empresa deseja chegar (em um período definido de tempo), portanto, traduz em palavras uma expectativa em algum momento no futuro;
  • Valores: são os ideais de atitudes, comportamentos e resultados que devem estar presentes nos colaboradores e nas relações da empresa com seus clientes, fornecedores e parceiros.

Esses três pontos são importantes, mas a estratégia vai além disso. O clássico livro “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu, destaca que “todos os homens podem ver as táticas pelas quais eu conquisto, mas o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir da qual grandes vitórias são obtidas”.

Portanto, precisamos ir além da “missão, visão e valores”. Roger L. Martin e A. G. Lafley, autores do livro “Jogar para Vencer”, reforçam que “construir uma estratégia vencedora é um trabalho árduo, que requer das pessoas e das empresas a realização de escolhas específicas – algo que, no entanto, a maioria não faz”.

Leia mais: como criar uma proposta de valor para o seu negócio.

Desse modo, três perguntas precisam ser respondidas: 

1. Qual jogo vamos jogar? 

A primeira escolha estratégica é de qual é o nosso jogo, ou seja, em qual mercado atuamos. Se, por acaso, você decidir atuar no varejo alimentício,  essa já é uma escolha que representa que você está abrindo mão de outras coisas. 

Nesse mercado, ainda, você pode ter um hortifruti, um mercadinho, uma padaria, um açougue ou outras opções. Em resumo, não se esqueça: toda escolha implica abrir mão de outras possibilidades. 

2. Por que jogamos esse jogo?

Esse é o momento para definir quais os elementos ou variáveis que fundamentam a sua escolha. Por que o varejo alimentício? Por que um mercadinho, açougue ou padaria? A resposta para essa pergunta é fundamental, inclusive, para embasar o horizonte do seu negócio. 

Por exemplo: muitas pessoas devem ter pensado que vender paletas mexicanas foi uma oportunidade de ouro. Mas, no final das contas, foi algo passageiro. Quem fez investimentos muito altos, principalmente após a ampla divulgação das paletas, pode ter perdido muito dinheiro.

Caso isso aconteça, considere analisar opções de empréstimos para empresas e unificar sua dívida. Além de deixar suas contas mais organizadas, você pode economizar em taxas e quitar seu saldo devedor mais rapidamente. 

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3. Como vamos vencer esse jogo?

A última pergunta diz respeito ao caminho que você vai seguir para consolidar o seu negócio. Como você pretende ganhar o jogo, ou seja, como você espera conquistar clientes, ganhar mercado, diferenciar-se dos concorrentes e crescer? 

Esse é um ponto bastante desafiador para muitas empresas, afinal, não há respostas prontas e, a exemplo das perguntas anteriores, as escolhas estratégicas feitas aqui implicam claramente em abrir mão de uma coisa em prol de outras. 

Como fazer um planejamento estratégico com OKRs

Agora que você já tem sua missão, visão e valores bem definidas e já sabe as respostas para as três perguntas estratégicas, o próximo passo é saber se você está no caminho certo e se está tudo funcionando bem.

Foi para isto que John Doerr, autor do livro “Avalie o que Importa” e um dos mais importantes investidores do mundo, após ter contato com a metodologia de planejamento estratégico da Intel, apresentou para os fundadores do Google e, assim, a metodologia se espalhou.

A técnica tem um nome simples: OKRs, sigla em inglês para Objective and Key Results que em português significa Objetivos e Resultados-chave

De modo simplificado, Doerr estabeleceu a fórmula para definir metas sendo como:

  1. “Eu vou” (Objetivo)
  2. “medido por” (conjunto de resultados-chave)

Desse modo, os  OKRs são compostos por duas partes:

Objetivos (O): declaração consistente da direção desejada pela empresa. Um bom objetivo tem que ser vividamente descrito para que as pessoas possam imaginar o quão impactante será alcançá-lo.

Resultados-chave (KR): metas com impacto direto no atingimento do objetivo caso seja alcançado com sucesso.

A grande virtude em utilizar os OKRs é que eles são simples e flexíveis para trabalhar a gestão de desempenho nas empresas. O grande benefício é a clareza em definir o foco e as prioridades dos negócios. Para construir os seus OKRs, siga os passos a seguir:

Leia mais: importância do planejamento empresarial durante uma crise.

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Tenha clareza do que você quer realizar

Comece listando os objetivos que o seu negócio precisa atingir que te deixarão mais próximos da visão de longo prazo, ou que te ajudará a “vencer o jogo”. Na hora de definir os objetivos, é fundamental ter clareza e certeza.

Por exemplo, “melhorar a equipe de vendas” é um objetivo super vago. Nesse caso, o melhor seria “Investir na capacitação dos profissionais de vendas para gerar mais negócios”.

Use números para medir o progresso

Com os objetivos definidos, você precisa definir as métricas que te ajudarão a ter clareza que você está na direção correta do atingimento desses objetivos. Desse modo, liste os resultados-chave mais adequados para mensurar os seus objetivos. 

Os resultados-chave devem ter um número, precisam ser quantificáveis. No entanto, para alguns objetivos, pode ser impossível associar um número.

Ainda em linha com o exemplo anterior, você pode medir a capacitação dos profissionais de vendas pelo número de colaboradores que passaram pelos treinamentos e, dentro desse mesmo objetivo, mensurar também o número de negócios gerados após a capacitação. 

Então, dois resultados-chave apropriados seriam: “capacitar 75% do time até o final do trimestre” e “elevar em 10% o número de negócios gerados nos próximos três meses”.

Leia mais: 5 dicas para fazer uma boa gestão de crise.

Seja audacioso

Uma das características dos OKRs é essa metodologia que consiste em estabelecer objetivos grandes e ambiciosos. Por isso, seja ousado.

O cuidado que você deve ter é que os objetivos e os resultados-chave não desmotivem seu time. Procure encontrar o equilíbrio para que as equipes consigam comemorar as vitórias e permanecer motivadas.

Mantenha um limite

Não há como fazer OKR sem estabelecer uma quantidade máxima de objetivos e de resultados-chave. Se você tiver muitos OKRs, perderá a capacidade de se concentrar. Por outro lado, se você tiver apenas um ou dois, provavelmente não estará se desafiando o suficiente. 

O recomendado é que sejam definidos de 3 a 5 objetivos e, para cada objetivo, de 3 a 5 resultados-chave. Além disso, é comum que os OKRs sejam construídos para um horizonte de 3 a 6 meses. Portanto, você deve se programar também para períodos de planejamento em épocas do ano que lhe ajudem a pensar nos OKRs, revisá-los e colocá-los em prática.

E aí, entendeu como fazer um planejamento estratégico? Então, compartilhe essa informação com a sua rede de contatos e bons negócios para você :sorriso_pequeno:

André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor universitário nos cursos de Ciências Econômicas, Administração e Relações Internacionais, coordenador do Grupo de Pesquisa DEPEC da UNIP e Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico”.

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