Em um ambiente de grandes transformações, observar atentamente a economia do Brasil hoje é essencial para ajudar a tomar as melhores decisões e fortalecer o seu negócio no futuro.
Saber como está a taxa Selic hoje, a taxa de inflação no Brasil, assim como o mercado de trabalho e o câmbio é uma vantagem estratégica para qualquer empreendedor. Seja para antecipar ou adiar a compra de insumos, importar ou exportar produtos e até contratar novos colaboradores.
Pensando nisso, trouxemos nossas projeções para os principais indicadores econômicos nacionais.
Quer saber mais? Então, vem com a gente!
Economia do Brasil hoje e no futuro
Como está a economia do Brasil hoje? A exemplo do que aconteceu na primeira metade do ano, a economia deve ter um bom desempenho no terceiro trimestre.
Parte do crescimento do primeiro semestre foi guiado pela normalização do setor de serviços, que voltou a funcionar à plena carga depois do afrouxamento das medidas de distanciamento social e pelas ações pontuais do governo, que decidiu liberar parte do saldo das contas do FGTS e antecipar o décimo terceiro salário de aposentados e pensionistas.
Nos próximos três meses, mesmo com a desaceleração econômica esperada no mundo todo, veremos os impactos positivos da injeção dos cerca de R$41 bilhões sob a forma de voucher caminhoneiro, incremento do valor no Auxílio-Brasil e no vale-gás, entre outras medidas.
A expectativa é de que a economia brasileira continue crescendo no terceiro trimestre. Essa pode ser sua chance, empreendedor!
Mercado de trabalho aquecido
De acordo com o Ministério do Trabalho, de janeiro a junho deste ano foram criadas cerca de 1,3 milhão de vagas no mercado de trabalho formal.
Já os dados da PNAD, divulgados pelo IBGE, mostram forte diminuição da taxa de desocupação no país, com recorde de pessoas na força de trabalho.
A normalização do funcionamento do setor de serviços, somado ao próprio desempenho do mercado de trabalho, deve continuar produzindo números positivos para a economia, em uma espécie de retroalimentação de recursos.
Algumas estimativas apontam para a criação líquida de mais 800 mil postos de trabalho no terceiro trimestre, o que diminuiria ainda mais os percentuais de desemprego e taxas de subutilização da população.
Inflação deve diminuir nos próximos meses
E a inflação no Brasil hoje? Depois de alcançar o patamar mais elevado em cerca de 19 anos, a inflação no Brasil passou a emitir sinais de enfraquecimento.
É verdade que isso pode ser fruto de medidas de intervenção dos estados, como a aprovação da Lei Complementar nº 194 de 2022, que reduziu os preços de combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo ao enquadrá-los como bens e serviços essenciais.
Apesar de transitórios, os efeitos produzidos pela diminuição do ICMS podem ser sucedidos por um abatimento de preços, algo esperado no centro da materialização de uma crise econômica internacional. O que reduz os preços e dá mais poder de compra para o consumidor.
A consequência disso: oportunidade de vender mais para você.
De forma bem objetiva, o mercado espera por deflações mensais em julho e agosto, o que deve diminuir sensivelmente a inflação esperada ao final de 2022.
Porém, apesar da expectativa que a inflação no Brasil tenha atingido o pico no mês de abril deste ano, os bens continuam altos e há um aumento nas projeções de inflação para o ano que vem.
Leia mais: como a inflação no Brasil afeta sua empresa?
Taxa Selic e próximos passos
Essa deterioração das expectativas de inflação para o ano que vem fez com que o Banco Central do Brasil optasse por um novo aumento de juros em agosto, elevando a taxa Selic a 13,75%.
O aumento da taxa de juros no Brasil visa diminuir o ritmo de atividade econômica, na intenção de criar um ambiente com preços mais baixos.
Ou seja, se o crédito ficar mais caro, as pessoas e empresas devem esperar um pouco mais para investir ou comprar algo. Se compram menos, os preços tendem a baixar.
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Não há consenso de mercado em relação aos próximos passos do Bacen depois dessa reunião de agosto, mas é muito provável que a nossa autoridade monetária decida interromper o ciclo de altas, visto que a Selic já está no nível mais elevado desde dezembro de 2016.
Leia mais: o que é taxa Selic e como ela impacta seu negócio
Real pode se valorizar frente ao Dólar
Certa vez, um economista brasileiro disse a seguinte frase: “Deus inventou o câmbio para humilhar os economistas”. E ele estava certo!
A frase dita por Edmar Bacha reflete a dificuldade em predizer o preço da moeda norte-americana nos meses, semanas e, às vezes, até semanas à frente.
Tendo isso em mente, é importante destacar que neste momento (agosto de 2022) existem mais forças pela valorização da moeda brasileira que o contrário.
A crise internacional, as taxas de juros estratosféricas no Brasil e a cautela dos bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa jogam a favor do Real neste momento.
Apesar disso tudo, não podemos perder de vista que estamos nos aproximando das eleições de outubro, de que a inflação nos países desenvolvidos pode continuar subindo e obrigar os bancos centrais estrangeiros a subir as taxas de juros de forma mais expressiva e, por fim, o Brasil não está totalmente imune à crise.
Leia mais: a influência do câmbio no mercado
Conectando os pontos
De modo geral, a economia do Brasil hoje continua avançando, apesar da inflação elevada e do empobrecimento da população.
No campo internacional, a grande dificuldade neste momento é tentar entender os próximos passos dos bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa a partir do comportamento da inflação por lá.
De modo muito objetivo, quanto mais alta a inflação estiver, maior a necessidade destes bancos centrais aumentarem as suas taxas de juros e, consequentemente, menor deve ser o ritmo da atividade econômica mundial.
Outro grande problema é a guerra. Ainda estamos no meio do conflito entre Rússia e Ucrânia, além do desgaste importante entre Estados Unidos e China envolvendo Taiwan. As duas disputas podem colaborar para a piora do quadro inflacionário no mundo todo, inclusive no Brasil.
No campo doméstico, nós temos as eleições no mês de outubro e os eventuais efeitos recessivos produzidos pela Selic em patamar tão elevado.
Os pontos acima são apenas sinais de alerta, mas o cenário ainda pode apresentar importantes oportunidades para as pequenas e médias empresas brasileiras.
Para isso, é essencial estar preparado com o planejamento financeiro adequado às previsões. Agora que você sabe como está a economia do Brasil hoje, salve esse post nos seus favoritos, compartilhe essa informação com a sua rede de contatos e bons negócios para você 😉
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica, professor universitário nos cursos de Ciências Econômicas, Administração e Relações Internacionais, coordenador do Grupo de Pesquisa DEPEC da UNIP e Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico”.
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