14 jul 2022

O preço da gasolina vai aumentar de novo? Temos a resposta para essa pergunta aqui

O preço da gasolina vai aumentar de novo? Temos a resposta para essa pergunta aqui

O preço da gasolina virou notícia no mundo todo, principalmente aqui no Brasil. Com a alta do preço do barril de petróleo, ficou difícil conter a escalada dos preços na bomba do posto para os consumidores finais, que já voltaram a cair pontualmente. Mas o que a alta do preço do barril de petróleo tem a ver com o preço da gasolina aqui no país? E isso significa que a gasolina vai aumentar mais? Como isso pode impactar o seu negócio?

Saiba o que compõe o preço da gasolina, o que impacta na sua variação e quais as perspectivas para os próximos meses. 

Vem com a gente!

Afinal, do que é composto o preço da gasolina?

Um estudo recente, elaborado pela consultoria britânica Oxford Economics, mostrou que a gasolina brasileira é a terceira mais cara do mundo, atrás apenas das Filipinas e da Indonésia. 

O parâmetro utilizado para o estudo foi o preço do litro da gasolina comum em comparação com o salário médio diário de cada pessoa.

Ao decompor o preço da gasolina para entender o que mais impacta para a variação dos valores ao consumidor final, precisamos observar os preços médios da Petrobras e os preços médios ao consumidor final na bomba. 

Naturalmente, a maior parte do preço da gasolina diz respeito aos custos da Petrobras, que envolvem extração e refino, mas também da importação de petróleo de outros países.

Outra parte importante dos custos é a parte de etanol anidro, fechando a tríade com o custo de distribuição e revenda. 

Os demais componentes são referentes aos impostos: o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS), de alçada estadual, e os demais impostos federais, como CIDE, PIS/PASEP e Cofins

Lembrando que eles são calculados a partir de alíquotas. Portanto, quando os demais componentes dos preços sobem, o valor dos impostos tende a subir.

Quem aumenta o preço da gasolina?

Desde 2016, a Petrobras adota uma política de preços que acompanha a variação internacional do preço do petróleo. O novo parâmetro passou a ser o Preço de Paridade de Importação (PPI) para a definição de novos reajustes nos preços praticados em território nacional. 

O PPI diz respeito aos custos totais para importação de um produto. Trata-se de uma referência que é calculada com base no preço de aquisição do combustível mais os custos de sua entrega, incluindo transporte internacional e taxas portuárias. 

Dentro da composição do PPI, dois elementos ganham importância: a paridade com o mercado internacional e a margem de risco.

A paridade com o mercado internacional inclui os custos internos para transporte e, também, as taxas portuárias. Em termos práticos, o preço do mercado doméstico precisa acompanhar flutuações que acontecem em preços de derivados do mercado internacional.

Já a margem de risco, por sua vez, corresponde à remuneração de riscos inerentes à operação. Na época em que a política foi discutida, a diretoria da estatal citou como riscos a volatilidade da taxa de câmbio e dos preços sobre estadias em portos e lucros.

Assim, os componentes-chave da formação de preços a partir da PPI passaram a ser: 

  • A cotação internacional do barril,
  • O câmbio,
  • Custos de importação, como frete e taxas portuárias.

Com isso, fica mais fácil entender o cenário dos últimos meses e se a gasolina vai aumentar mais.

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Como o preço da gasolina impacta o empreendedor?

Os combustíveis são componentes importantes de custos para a maior parte das empresas brasileiras, pois a logística em nosso país é feita principalmente através de estradas.

Em outros países, como na Inglaterra ou Estados Unidos, o transporte de mercadorias é feito principalmente por via ferroviária e, em alguns casos, via hidroviária. Por aqui, dependemos muito dos caminhões para transporte.

Assim, quando temos mudanças significativas nos preços dos combustíveis, naturalmente os custos de transporte de matérias-primas, bens intermediários ou até mesmo o frete de bens finais ao consumidor ficam mais caros.

Isso acarreta na necessidade de reajustes de preços até mesmo para empreendedores do setor de serviços, como é o caso dos diversos prestadores de serviços. A lógica é que os preços mais altos acarretam em um custo de vida maior e, como consequência, é necessário elevar o preço dos serviços prestados. 

Para empreendedores industriais ou do comércio, a relação é mais objetiva, já que suas matérias-primas ficam naturalmente mais caras ou o custo dos produtos revendidos também se elevam. 

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Leia mais: como está a economia do Brasil hoje? 

A gasolina vai aumentar de novo?

Em 2021, por conta de diversos problemas nas cadeias globais de suprimentos, os combustíveis foram os vilões da inflação do país. 

Os problemas de distribuição decorrentes de problemas da pandemia contribuíram para a elevação dos preços dos combustíveis em mais de 49%

O preço do dólar em reais, que chamamos comumente de “taxa de câmbio”, também foi bastante elevado.  

Apesar da queda do dólar nos primeiros meses do ano, a situação na Ucrânia elevou abruptamente o preço do barril do petróleo. Mais recentemente, com a possibilidade de recessão no radar, o preço do barril teve uma queda relevante, mas continua acima dos US$100. 

Assim, podemos esperar algumas quedas no preço da gasolina, principalmente após mudanças recentes nas alíquotas de tributos importantes que compõem o preço final.

Mas, com a conjuntura econômica, internacional e nacional, bastante conturbada, os preços não devem cair tanto ao ponto de pesar menos no bolso dos consumidores e, claro, dos empresários. 

Agora que você já sabe tudo sobre o preço e se a gasolina vai aumentar, é a sua hora de se planejar para evitar surpresas!

Leia mais: veja como reduzir custos na sua empresa

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André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica, professor universitário nos cursos de Ciências Econômicas, Administração e Relações Internacionais, coordenador do Grupo de Pesquisa DEPEC da UNIP e Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico”.

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