Tão importante quanto vender e gerar receitas para a empresa é organizar os seus custos e despesas. Chegou a hora de você entender de uma vez por todas o que é custo variável, custo fixo e como essas duas coisas não tem nada a ver com despesas. Além disso, vamos te dar dicas de como reduzir os custos da empresa e aumentar a sua lucratividade.
Preparado? Então, vem com a gente!
O que são custos
Apesar de parecer óbvio, muitas pessoas cometem erros preocupantes nos negócios por não saber bem o que é custo.
Os custos são aqueles valores que estão relacionados ao que você vai gastar para produzir algo ou prestar um serviço. A diferença entre custo e despesa é que esta última diz respeito aos gastos que não estão ligados à produção do seu produto final.
Vamos observar um exemplo: digamos que a sua empresa produz brinquedos infantis. Os custos ligados à produção de um determinado brinquedo são gastos com plástico, corantes, adesivos, metais, as máquinas que o produzem, a energia elétrica, os salários dos funcionários que trabalham na produção e até mesmo o IPTU de onde a sua empresa está instalada. Até o IPTU? Sim, até o IPTU.
O Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (IPTU), também deverá ser considerado custo. Por outro lado, os gastos com contabilidade, pessoal do RH, do jurídico, do financeiro, com materiais para o escritório ou gastos com hospedagem de site são considerados despesas.
Voltando aos custos, existem dois tipos que precisam ser entendidos em seu negócio: o custo fixo e o custo variável.
Como diferenciar o custo fixo do custo variável
Em linhas gerais, os custos fixos, também chamados de custos de estrutura, são aqueles que existem mesmo quando a empresa não produz nenhuma unidade de produto. Já os custos variáveis são aqueles que vão oscilar de acordo com o ritmo da produção do negócio.
O que é custo variável
Vamos voltar ao exemplo da fábrica de brinquedos. Imagine que, para produzir 10.000 unidades de um determinado brinquedo, você precisa de 2.000 Kg de plástico e isso te custaria cerca de R$2.000,00.
Agora, suponha que no mês de agosto, onde estão sendo produzidas as unidades para atender a demanda para o Natal, você decida aumentar a produção para 30.000 unidades desse mesmo brinquedo. Então, seria necessário comprar 6.000kg de plástico, o que custaria um total de R$6.000,00.
Note que o custo com os materiais plásticos aumentam conforme a quantidade que será produzida. Por isso, são chamados de custos variáveis, já que eles variam de acordo com o volume produzido.
O que é custo fixo
Para produzir esses brinquedos, sua empresa precisa se instalar em algum galpão. Então, para permanecer nesse galpão, a prefeitura cobra anualmente R$2.000,00 de IPTU e, como incentivo fiscal, permite que você divida este valor em doze parcelas iguais, sem juros.
Todos os meses, a sua empresa deverá desembolsar R$166,67. Note que, neste caso, não importa a quantidade de brinquedos que será produzida, o seu custo não vai variar. Por isso, ele é considerado fixo.
Leia mais: saiba como calcular margem de lucro
Como reduzir custos na empresa
Não importa o porte, todas as empresas podem estudar melhor seus processos e descobrir como reduzir seus custos. Pensando nisso, separamos algumas dicas que podem te ajudar nesse processo para manter sua empresa enxuta e mais produtiva.
Tenha um bom controle dos gastos
O primeiro passo é registrar tudo que sai do seu negócio. Se sua empresa é MEI ou uma pequena empresa, uma planilha do Excel pode ser suficiente. Mas se a sua empresa for maior, é interessante considerar um sistema para acompanhar os seus gastos. Independente do formato, se você conhece bem os seus custos e suas despesas, ficará fácil identificar de qual área da sua empresa você poderá enxugar gastos primeiro.
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Aposte em uma conta PJ digital
A conta PJ digital pode trazer inúmeras vantagens para o seu negócio. permite que os donos de pequenas empresas, autônomos e MEIs consigam organizar as finanças com mais agilidade, separando o dinheiro do empreendimento de sua vida financeira pessoal.
Por ser 100% digital, todas as transações disponíveis na conta, como a emissão de boletos, transferências bancárias e checagem de saldo são realizadas por meio do Internet Banking ou aplicativo.
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Elisão fiscal
Você pode optar pela elisão fiscal, uma estratégia fiscal que visa pagar o mínimo de impostos possíveis. Isso lhe permitirá encontrar caminhos legais que vão ajudar a reduzir a carga tributária brasileira.
Renegocie com fornecedores
Em um ambiente onde os custos com as mercadorias não param de subir, é possível conversar com os seus fornecedores e negociar caminhos para neutralizar esses aumentos no curto prazo.
Converse com cada um deles e verifique eventuais promoções e a possibilidade de iniciar negociações que façam mais sentido para sua empresa. Lembre-se, você é o cliente do seu fornecedor e ele não pode se dar ao luxo de não ouví-lo ou de não tentar ajudá-lo.
Avalie seu estoque
Parte dos produtos ou serviços que oferecemos têm performance de vendas diferentes em determinadas épocas do ano. Os produtos que acompanham eventos específicos, como Páscoa, dia dos namorados ou Natal, por exemplo, podem gerar estoques adicionais.
Então, lembre-se de ajustar a rota do seu processo produtivo e de suas compras. Isso o ajudará a reduzir os riscos de vencimento dos produtos.
Leia também: os principais modelos de gestão de estoque
Faça um pente fino nas contas
As despesas representam uma importante parcela daquilo que você desembolsa mensalmente. Esse tipo de gasto, que diariamente parece inofensivo em um primeiro momento, como as corridas por aplicativos, pode pesar na fatura do cartão no final do mês.
Para você refletir: alguns registros relatam que o fundador do Walmart, Sam Walton, não comprava canetas para a equipe de escritório, ele obrigava todos eles a usar canetas dadas de brinde pelos seus fornecedores. Se isso foi importante em algum estágio da vida da maior empresa de varejo do mundo, talvez possa ser importante para você também.
Avalie o que agrega valor ao seu cliente
Não saia cortando custos de maneira desordenada e sem planejamento só para fazer caixa ou evitar um resultado negativo. Ao fazer tudo isso, é importante considerar a qualidade do seu serviço, produto, atendimento, instalações e a experiência do seu cliente.
Se você precisa entregar materiais impressos aos seus clientes, colocar a impressora no modo econômico pode não fazer sentido e, pior, pode passar a imagem de que a empresa está em dificuldades financeiras. Na hora de reduzir custos, use o bom senso.
Tenha atenção à rotatividade de funcionários
Outro elemento importante na prática de redução dos custos do seu negócio envolve recursos humanos. Se você já conta com funcionários, trabalhe para que eles estejam preparados para entregar a quantidade de trabalho requerida por você com a qualidade demandada pelos seus clientes.
A alta rotatividade da mão de obra na sua empresa envolve mais que os gastos óbvios com rescisões contratuais. Consideram também os custos com treinamento do novo funcionário e a perda de capital humano.
Entender seus custos e ter bom senso na organização dos desembolsos, darão a musculatura necessária para o seu negócio enfrentar dificuldades externas sem comprometer a qualidade ou sua capacidade de gerar lucro. Agora que você sabe tudo isso, que tal revisar seus custos e manter sua empresa saudável?
E aí, aprendeu como reduzir custos na empresa? Então, compartilhe essa informação com a sua rede de contatos e bons negócios para você 🙂
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor universitário nos cursos de Ciências Econômicas, Administração e Relações Internacionais, coordenador do Grupo de Pesquisa DEPEC da UNIP e Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico”.