04 jan 2022

As previsões para a economia no Brasil em 2022

As previsões para a economia no Brasil em 2022

Quais são as previsões para a economia no Brasil em 2022? Para responder essa pergunta, precisamos, primeiro, olhar para 2021. O ano de 2021 pode ser encarado de duas formas: no primeiro semestre, apesar dos impactos da segunda onda de contágio do coronavírus, a economia apresentou boa resposta; no segundo semestre, refletindo o aumento do clima de incerteza e o esgotamento dos mecanismos de estímulo, entramos em recessão técnica.

Com isso, o cenário para 2022 é desafiador, mas também existem oportunidades para o crescimento e o desenvolvimento dos negócios. Afinal, sabemos que reverter situações difíceis está no DNA do empreendedor brasileiro.

Para saber que desafios a economia brasileira enfrentará em 2022, continue lendo! 

Atividade Econômica 

Para entender como a economia brasileira se comportou em 2021, precisamos passar por um ponto importante que indica o nível da atividade econômica do país, o PIB.

O Produto Interno Bruto (PIB) de um país é a soma de tudo que é produzido em um determinado período.

Na prática, o PIB é a soma da produção agropecuária, da indústria e do setor de serviços, sendo que este último consolida também os dados do comércio varejista.

Como em 2020 tivemos um importante impacto econômico em função da pandemia e das consequentes e necessárias medidas de isolamento social, esperava-se um processo de retomada em 2021.

Porém, à medida que o ano avançou, alguns setores mostraram que o problema do Brasil vai muito além dos efeitos trazidos pela pandemia.

A indústria brasileira, responsável por cerca de 20% de tudo o que nós produzimos em um ano, apresentou diminuição mensal nas últimas cinco leituras (jun a out), a maior sequência de quedas desde a crise de 2015-2016.

A agropecuária, que representa cerca de 7% do PIB, também passou a apresentar números menos robustos no segundo semestre deste ano. Primeiro, porque é comum o setor ter uma atividade mais fraca na segunda metade de cada ano e, segundo, por conta da desaceleração da atividade econômica chinesa, um dos nossos maiores compradores.

O setor de serviços, a grande estrela da economia brasileira, que representa cerca de 70% de tudo o que é produzido no Brasil, também fechou o ano em um ritmo muito menor do que foi registrado no primeiro trimestre de 2021.

Tecnicamente, uma economia entra em recessão sempre que os resultados trimestrais acusam dois recuos seguidos. Quando isso acontece, dizemos que a economia está em recessão técnica.

O PIB brasileiro recuou no segundo e terceiro trimestres deste ano, indicando que estamos em recessão.

Além disso, dados do último trimestre mostram que essa perda de tração deve prosseguir pelos próximos meses.

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Inflação e juros

Talvez você tenha ouvido falar ou lido em algum lugar que a estagflação estava de volta. E está! Mas o que seria isso?

A estagflação é justamente a junção do baixo crescimento econômico com a elevação dos preços para os consumidores.

Segundo o IBGE, a inflação brasileira chegou a 10,74% em novembro de 2021 e isso não é pouca coisa. Trata-se da variação mais alta do nível de preços desde novembro de 2003.

Para tentar conter a escalada de preços, o Banco Central do Brasil tem usado a famosa taxa Selic.

Já foram sete aumentos da taxa básica de juros desde que o ciclo de aperto monetário teve início, em março de 2021.

A depender do comportamento da inflação e de alguns componentes que englobam o aumento de preços, a taxa básica pode chegar aos 13,25% em 2022.O resultado prático do aumento da Selic já pode ser sentido no mercado bancário. O custo de crédito e o spread bancário já apresentam tendência de forte alta nas últimas notas de política monetária do Bacen.

E a intenção do Banco Central brasileiro é justamente essa: promover uma desaceleração do consumo e do investimento por meio do encarecimento do crédito, para tentar conter o avanço da inflação.

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Finanças públicas 

O ano de 2021 foi positivo para as contas públicas brasileiras.

Depois de registrarmos déficit de cerca de R$ 700 bilhões em 2020, em 2021 já estamos enxergando a possibilidade de registro do primeiro resultado positivo em sete anos.

Porém, este superávit nas contas públicas de 2021 é consequência do aumento da inflação, ou seja, o governo arrecadou mais porque os impostos “estão inflacionados”.

É importante destacar que o resultado positivo só será alcançado por conta do comportamento das contas públicas dos entes subnacionais (estados e municípios) e empresas estatais.

Olhando apenas para o Governo Central que envolve o Governo Federal, o Banco Central e o INSS, o resultado deve ser negativo em quase R$ 100 bilhões este ano.

De modo bastante resumido, os resultados das contas públicas em 2021 são bons, mas foram construídos por eventos temporários (aumento da inflação) e de forma desequilibrada (déficit robusto do Governo Central e superávit dos estados e municípios).

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Câmbio 

A taxa de câmbio real/dólar norte-americano, importante componente de custo da nossa economia, tem dado dor de cabeça aos empresários, consumidores e políticos brasileiros.

Em 2021, começamos com a moeda estadunidense cotada a R$ 5,19. Em março, a cotação do dólar já estava em R$ 5,88. Já em dezembro, apesar de uma leve variação para baixo, o real parece ter assumido essa condição de moeda super desvalorizada, fechando o ano na casa dos R$5,70. Vale lembrar que o Banco Central atuou bastante no mercado, vendendo muitos dólares para conter a desvalorização da moeda brasileira, mas parece não ter surtido grandes efeitos.

Que a pandemia exerceu influência sobre o preço da nossa moeda em relação ao dólar, isso é inegável, mas não podemos perder de vista que problemas políticos, muito presentes desde 2014 e amplificados nos últimos anos, têm atuado de forma consistente sobre o valor do real.


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Previsões para a economia no Brasil em 2022 

Vamos ser honestos? Não será um ano fácil, mas o empreendedor brasileiro é quem vai lá e faz, se reinventa, transforma cenários e move a economia. Mas, para isso, é preciso estar preparado.

O setor de serviços está sujeito a problemas relacionados ao surgimento de novas cepas do coronavírus e a indústria deve seguir sem tração.

Na agropecuária, uma esperada desvalorização da taxa de câmbio deve ter seus efeitos parcialmente anulados por eventual desaceleração da atividade econômica global e pelo aumento dos preços domésticos.

A taxa básica de juros deve continuar subindo nos primeiros meses do ano, a contragosto daqueles que entendem que o aumento dos juros neste momento não tem muito a contribuir com a redução dos preços para os consumidores.

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Há grandes chances de um novo descumprimento da meta de inflação para 2022, como ocorreu em 2021, no entanto, as expectativas sinalizam alguma desaceleração dos preços no ano que vem.

Nas contas públicas, ainda que o governo consiga fazer poupança quando estamos olhando para o resultado primário, a diminuição da inflação, a desaceleração do nível de atividade econômica e o aumento das taxas de juros devem colocar fogo na dívida pública. 2022 é ainda um prato cheio para mais aumento do dólar, já que a instabilidade política certamente produzirá desvalorização da nossa moeda.

Porém, apesar desse cenário de incertezas em 2022, sempre é possível se reinventar e apostar em soluções e oportunidades para facilitar sua jornada. Para a Biz, o otimismo é o caminho para ajudar a contar sua história esse ano. E você pode contar com a gente nessa caminhada. Algumas dicas que podem te ajudar nesse momento:

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E aí, entendeu as previsões para economia brasileira e como se preparar para 2022? Então, compartilhe essa informação com a sua rede de contatos e bons negócios para você =)

André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor universitário nos cursos de Ciências Econômicas, Administração e Relações Internacionais, coordenador do Grupo de Pesquisa DEPEC da UNIP e Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico”.

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