13 out 2021

Como fazer fluxo de caixa e o impacto para o capital de giro

Como fazer fluxo de caixa e o impacto para o capital de giro

Se você empreende ou pretende empreender, já deve saber que um fluxo de caixa saudável pode ajudar seu negócio a viabilizar projetos e alcançar objetivos, não é? Por outro lado, uma má gestão do fluxo de caixa pode levar uma empresa lucrativa a grandes prejuízos. Mas não se preocupe! Pra não correr o risco de entrar em apuros, vamos explicar exatamente como fazer fluxo de caixa do seu negócio.

Quer saber mais? Vem com a gente!

O que é fluxo de caixa

Fluxo de caixa é uma ferramenta muito utilizada pelos responsáveis por áreas financeiras de empresas ou até mesmo por aqueles que precisam tomar decisões baseadas nas finanças. 

Por isso, deve ser atualizado diariamente com informações de entradas e saídas de dinheiro de seu negócio. Isso vai permitir uma visão mais precisa do momento financeiro atual da empresa. 

Além disso, o fluxo de caixa pode e deve conter informações projetadas. Por exemplo, se você tem um pagamento ou recebimento para 20 dias à frente, esse lançamento deve constar no seu fluxo. 

Dessa forma, além de monitorar o momento atual, será possível enxergar como seu negócio estará em um determinado período, o que é fundamental para tomar decisões sobre quando investir ou reorganizar processos do seu negócio.

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Qual a relação entre fluxo de caixa e capital de giro? 

Um ponto que sempre é questionado quando se fala de fluxo de caixa é o capital de giro. Existe uma relação muito clara entre eles e, no caso, uma relação inversa. Vamos entender melhor?

Basicamente, fluxos mais positivos exigem menor capital de giro, enquanto fluxos mais apertados exigem maior capital de giro. Isso ocorre porque o fluxo de caixa mede o que foi ou será recebido e pago. Enquanto isso, o capital de giro demonstra a necessidade de dinheiro para manter esse fluxo saudável.

Em outras palavras, se o seu negócio tem um fluxo de recebimento de vendas constante e no qual o volume de vendas a vista é maior do que as vendas a prazo, você tende a ter um caixa mais saudável e, com isso, menor necessidade de capital de giro. 

Por outro lado, se o seu negócio tem um fluxo de recebimento das vendas mais espaçado, com predominância das vendas a prazo, pode acontecer um descasamento entre a entrada do recurso em seu caixa e a necessidade de pagamento de funcionários ou fornecedores, por exemplo.

Nesse segundo cenário, você precisará manter dinheiro em caixa para cobrir suas despesas. Dependendo do volume de despesas e do tempo até o recebimento para cobrir o caixa, solicitar um empréstimo para capital de giro ou encontrar outras fontes de recursos para cobrir essa lacuna em seu fluxo.

Como fazer fluxo de caixa?

Embora existam softwares de gestão financeira, a grande maioria das empresas controlam seus fluxos de caixa em planilhas de Excel. 

A planilha não é menos eficiente do que os sistemas, mas exige maior atenção por parte de quem a opera, uma vez que a exatidão é importante nesse processo.

Um fluxo de caixa pode conter duas colunas para cada dia do mês. A primeira é para a previsão do movimento e ficará estática. A segunda é onde serão lançados os valores que foram efetivamente realizados na data. 

Uma segunda possibilidade, mais convencional, é a formatação da planilha com a aparência demonstrada abaixo, com apenas uma coluna por dia. Neste caso, os valores previstos serão substituídos pelos valores realizados conforme os dias passam e o caixa for apurado. 

Para montar o seu fluxo de caixa do zero, atenção aos seguintes passos: 

Saldo inicial

O ponto de partida é identificar o valor que a empresa tem em conta no primeiro dia do fluxo. Após isso, insira este valor na linha “saldo inicial”, do “DIA 01”.

Para os dias seguintes, o saldo inicial será sempre igual ao saldo final do dia anterior. Então, usando como exemplo nossa planilha acima, se no “DIA 01” seu saldo final é de R$10.000,00, no “DIA 02” seu saldo inicial será de R$10.000,00.

Na planilha, esse processo pode ser sempre automatizado por fórmulas. 

Receitas

Nesta etapa, você deve relacionar todas as receitas que sua empresa deve ter nos próximos dias e meses, desde vendas até doações recebidas.

Na planilha, é importante ter uma linha para cada tipo de receita. Dessa forma, ficará fácil para que você identifique o que é receita de vendas e outras receitas.

As linhas de receitas podem ser ainda mais detalhadas. Você pode destinar uma para cada tipo de produto ou serviço. Para isso, basta listar seus produtos na coluna “descrição” e informar as receitas previstas/realizadas.

Feito isso, insira cada valor de recebimento nas datas exatas previstas em seus contratos com clientes, de acordo com recebimento de sua “maquininha de cartão” ou quaisquer outras fontes de recebimentos.

Despesas

De forma semelhante às receitas, você precisa relacionar todas as despesas e custos previstos para o período.

Na planilha, será necessário ter uma linha para cada despesa. Você também pode pedir ao seu contador o plano de contas de sua empresa, assim pode evitar esquecimentos na hora de relacionar os gastos.

Depois disso, insira cada valor de desembolso em suas respectivas datas.

Atualizações

Como nem sempre é possível prever 100% do que seu negócio vai gastar ou receber já que novas vendas ou gastos de última hora podem acontecer, você deve lançar esses novos movimentos em seu fluxo de caixa sempre nas datas exatas.

O acompanhamento diário também é essencial. Se a ideia é ter um controle confiável, verifique todos os dias se as previsões de movimento para o dia se concretizaram ou se precisarão ser realocadas em outra data. Lembrando que movimento financeiro significa entradas e saídas.

O acompanhamento diário também é um processo muito simples. Então, logo pela manhã, com o extrato bancário em mãos, faça uma validação se aconteceu o que estava previsto para o dia anterior. 

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Fluxo de caixa como aliado

A planilha de fluxo de caixa vai permitir que você identifique gargalos em seu fluxo financeiro.

Por exemplo, se sua empresa vende a prazo e esse prazo é maior do que o que você tem com seus fornecedores, você já sabe que precisará de um capital de giro para cobrir esse período.

Como mencionamos acima, o empréstimo para capital de giro pode ser uma ótima alternativa, mas é fundamental que o pedido seja planejado. 

“Algumas empresas gastam mais do que faturam e usam o crédito para postergar uma situação e não para fazer o negócio crescer. A ideia do empréstimo PJ é que ele ajude a empresa a lucrar mais, não a se endividar”, explica Cristiano Rocha, diretor de crédito e cofundador da BizCapital.

Na BizCapital, por exemplo, as condições do empréstimo PJ são personalizadas de acordo com o seu negócio, a resposta do pedido sai em poucos minutos e todo o processo é feito pelo seu computador ou celular. Para solicitar até meio milhão de reais no BizCred, é só clicar no botão abaixo.

E aí, aprendeu a fazer fluxo de caixa?  Então, compartilhe essa informação com a sua rede de contatos e bons negócios para você 🙂

André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor universitário nos cursos de Ciências Econômicas, Administração e Relações Internacionais, coordenador do Grupo de Pesquisa DEPEC da UNIP e Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico”.

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