Devido ao sucesso do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) no ano passado, o Governo Federal decidiu transformá-lo em uma política pública permanente em junho de 2021. E como já era esperado, a demanda por linhas de crédito para pequenas empresas foi tão alta que os recursos estão se esgotando rapidamente. Segundo o Valor Econômico, o Pronampe 2021 já liberou 80% do total de recursos disponíveis para o ano – equivalente a cerca de R$ 20 bilhões.
Mas não precisa se preocupar. Existem outras linhas de crédito para pequenas empresas que são bastante vantajosas e prometem atender as necessidades dos empreendedores nessa retomada da economia pós-pandemia.
Quer conhecer as melhores linhas de crédito para pequenas empresas? Então, vem com a gente!
A urgência das políticas de crédito
Segundo uma pesquisa GEM/Sebrae, o Brasil tem cerca de 20 milhões de empreendimentos, onde 70% são representados por micro e pequenas empresas. E, antes mesmo da crise provocada pela pandemia, dados do IBGE revelaram que mais de 70% das empresas fundadas no país fecham as portas em menos de dez anos de atividade.
Com a chegada da pandemia, a situação se agravou. A maior parte das pequenas e médias empresas foi afetada direta ou indiretamente durante a crise. E o reflexo disso atinge não só o empresário, mas também seus funcionários, familiares e o mercado de uma forma geral.
Pensando nisso, o governo precisou criar medidas urgentes. E foi assim que surgiu o Pronampe, em meio à pandemia do coronavírus, como forma de auxiliar as PMEs atingidas pelos impactos da doença e diminuir a intensidade da queda da atividade econômica.
Não à toa, somente em 2020, foram concedidos mais de R$37,5 bilhões nesta modalidade, contemplando a necessidade de cerca de 517 mil empresas. Só no Estado de São Paulo, foram concedidos cerca de R$9 bilhões em empréstimos em cerca de 114 mil operações, com um ticket médio por operação de aproximadamente R$79.000,00.
Apesar da importância do Pronampe 2021, as taxas e condições deste ano são menos vantajosas que as vistas em 2020. Além disso, muitos negócios não se enquadram nas exigências para o recebimento do crédito PJ ou, simplesmente, o programa não atende as necessidades atuais da empresa.
Então, se você não conseguiu o empréstimo Pronampe, mas ainda quer apostar na retomada da sua empresa no segundo semestre de 2021, existem ótimas linhas de crédito para pequenas empresas às quais você pode recorrer.
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Linhas de crédito para pequenas empresas
Crédito para capital de giro
Com a perda de dinamismo da economia, essa é uma das linhas de crédito para pequenas empresas que mais cresce atualmente. Só para se ter uma ideia, em 2020, essa modalidade de crédito cresceu cerca de 64% na comparação com 2019.
As taxas de juros do crédito para capital de giro estão entre as mais vantajosas do mercado, principalmente quando oferecidas pelas fintechs. Neste contexto, elas se destacam por disponibilizar recursos financeiros de forma mais rápida e sem burocracias, além de oferecer condições personalizadas para cada tipo de negócio.
Na BizCapital, por exemplo, você pode solicitar até meio milhão de reais no crédito PJ, com taxas a partir de 1,99% ao mês e pagamento até 36 meses. A resposta do pedido sai em poucos minutos e todo o processo é feito pelo seu computador ou celular. Para fazer sua solicitação agora, é só clicar no botão abaixo.
Antecipação de recebíveis
A antecipação de recebíveis também pode ser uma aliada do empreendedor em caso de diminuição de liquidez da empresa.
Essa modalidade de crédito consiste em antecipar os recursos que a empresa tem por vencer, ou seja, o empresário pode antecipar o recebimento de cheques pré-datados, duplicatas e outros recursos que a empresa tenha direito.
Não se pode perder de vista que, para recorrer a este tipo de modalidade, o empreendedor tem que estar atento aos instrumentos de gestão financeira.
Leia mais: como fazer uma boa gestão financeira
Linhas especiais do BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social também oferece linhas de crédito às micro, pequenas e médias empresas com taxas de juros diferenciadas.
O relacionamento das empresas com o BNDES é feito através dos próprios bancos privados e públicos, que oferecem as linhas de crédito oferecidas pelo governo.
Os recursos oferecidos pelo BNDES podem ser concedidos via cartão de crédito do banco. Nesta modalidade, as taxas são pequenas quando comparadas com os demais cartões e o prazo para pagamento dos empréstimos pode ser bastante distendido.
Empréstimos de uso livre
Os bancos e cooperativas podem conceder recursos para que os empresários usem de forma livre, ou seja, não há uma destinação específica para uso do recurso obtido.
Em uma operação de recursos direcionados, como o financiamento de um automóvel, por exemplo, o empreendedor somente terá acesso ao bem que foi definido antes da obtenção do recurso.
Na modalidade de crédito livre, a empresa poderá usar o recurso com obrigações diversas, como o pagamento de salários, de boletos, entre outros.
Microcrédito
O microcrédito consiste na concessão de recursos de até R$20 mil aos microempreendedores individuais e pessoas jurídicas que não tenham faturamento superior a R$360 mil por ano.
O recurso pode ser aportado no caixa da empresa para o financiamento das operações, servindo como capital de giro ou mesmo na aquisição de equipamentos e ferramentas, por exemplo.
Cooperativas
As cooperativas de crédito também são autorizadas pelo Banco Central a conceder recursos àqueles que constituem o quadro de cooperados.
Assim como no microcrédito, o volume de recursos concedidos pelas cooperativas cresceu de forma significativa em 2020. Parte da explicação para este movimento vem justamente do relacionamento que elas têm com seus membros. Em outras palavras, é considerado mais fácil conseguir recursos das cooperativas que dos bancos comerciais.
E aí, entendeu sobre as linhas de crédito para pequenas empresas além do Pronampe? Então, compartilhe essa informação com a sua rede de contatos e bons negócios para você 🙂
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor universitário nos cursos de Ciências Econômicas, Administração e Relações Internacionais, coordenador do Grupo de Pesquisa DEPEC da UNIP e Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico”.