O empreendedor sempre deve estar atento ao movimento da taxa de juros no país. Mudanças no câmbio, na inflação e no ritmo da economia dão pistas sobre os movimentos dos custos do crédito.
Neste artigo, você encontrará valiosas dicas sobre as taxas de juros no Brasil. Continue lendo!
O que determina a taxa de juros
Não é segredo que o custo do crédito no Brasil é muito elevado, o que inviabiliza investimentos que, se o dinheiro estivesse mais acessível, ajudaria a gerar empregos e fazer a roda da economia girar.
São muitos os motivos e teorias que tentam explicar o motivo de ter juros tão altos por aqui. Do lado dos bancos, uma das principais explicações vem da falta de informações sobre os tomadores de crédito e do consequente percentual de inadimplência. Olhando todos os fatores que podem influenciar o custo do dinheiro no país, é inegável que a concentração do setor, com poucos bancos oferecendo dinheiro, ajuda a explicar a anomalia.
É verdade que os bancos digitais e as fintechs de modo geral vieram para mudar este panorama, mas, segundo dados do próprio Banco Central, mais de 80% do saldo de empréstimos estão nas mãos dos cinco maiores bancos comerciais do país.
Fintechs como a BizCapital, por exemplo, têm se esforçado para atender a demanda que só cresce e oferecer cada vez mais possibilidades ao empreendedor brasileiro, que acaba ficando refém dos juros dos “bancões”.
“Acompanhamos todas as mudanças no mercado e pudemos notar a insegurança e a instabilidade dos sistemas financeiros em todas as partes do mundo. Para se manter neste cenário cada vez mais competitivo e, ao mesmo tempo escasso, muitos enxergaram a oportunidade de empreender. Então, é mais do que necessário que as instituições financeiras contemplem esses negócios e o momento que estão passando”, explica Cristiano Rocha, diretor de crédito e cofundador da BizCapital.
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Outro fator importante na composição dos juros cobrados pelos bancos é a própria taxa básica de juros, a famosa taxa Selic. Quanto mais alta a Selic estiver, mais alto o custo do dinheiro para as pessoas e as empresas.
A relação entre a Selic e os juros ao consumidor é simples: ela determina o custo do dinheiro para os bancos. Sendo assim, o dinheiro que o banco capta para emprestar está mais caro e esse aumento de custo é repassado aos clientes.
A diferença entre o custo de captação e os juros que o banco empresta o dinheiro é chamada de spread bancário. O spread bancário diz respeito aos riscos que o banco está assumindo ao emprestar dinheiro, o lucro das instituições, os impostos e outros custos ligados à operação.
Leia mais: o que é a taxa Selic e como ela impacta sua empresa
Comportamento dos juros no Brasil
Se parte do custo do crédito no país vem da taxa Selic, a chegada da pandemia e a consequente queda na taxa básica de juros trouxe um novo mundo para o mercado de crédito, certo? Errado.
Em dezembro de 2019, a taxa de juros média nos créditos e financiamentos concedidos às pessoas jurídicas girava em torno de 13,5% ao ano. Oito meses depois, em agosto de 2020, a Selic alcançou o menor nível da história do nosso país, mas essa queda pouco foi sentida pelos consumidores.
Em agosto de 2020, a taxa média de juros às pessoas jurídicas havia ficado em 10,7% ao ano e, antes que o Banco Central começasse a subir a taxa de juros novamente, o mercado já tratou de apertar os cintos. Em janeiro de 2021, com a Selic ainda estacionada nos 2%, a taxa de juros voltou aos níveis pré-pandemia, 13,4%.
Segundo o Banco Central, em dezembro de 2021, a taxa de juros alcançou incríveis 17,4% ao ano.
Apenas a título de curiosidade, a taxa de juros para pessoas físicas alcançou 28,7%a.a. em dezembro de 2021.
É importante ressaltar que as taxas citadas acima são fruto de uma média de todos os produtos de crédito oferecidos pelos bancos comerciais do país. Em algumas modalidades, como o cheque especial, que é aquele limite concedido pelo banco, esse percentual supera, com muita tranquilidade, os 300% ao ano.
Em dezembro de 2021, a taxa média de juros no uso do cheque especial havia ficado em 316,4%a.a. para as pessoas jurídicas.
Leia mais: veja como fugir das armadilhas do cheque especial
Os dados não mentem: os juros do cheque especial são abusivos. Por isso, buscar alternativas é fundamental para não endividar a sua empresa.
Por exemplo, se você precisa de mais prazo para quitar boletos do seu negócio, o MaisBiz¹, crédito pré-aprovado da BizConta, conta PJ digital da Biz, pode ser uma ótima alternativa.
“MaisBiz é uma linha de crédito exclusiva para quitar boletos no mesmo dia e pagar de volta somente 30 dias depois. Diferente do cheque especial, o MaisBiz não dá rasteira no cliente, cobrando juros abusivos que ultrapassam 10% ao mês”, explica Bruno Israel, head de marketing da BizCapital.
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Por que alguns produtos de crédito são mais caros que outros?
No último mês do ano passado, a taxa de juros média sobre as operações de crédito das pessoas jurídicas estava em torno de 17,4%a.a. Agora, sempre que um empreendedor vira o mês sem saldar a dívida do cheque especial, a taxa incidente é de 316,4%a.a.
Se engana quem acredita que o grande problema está restrito ao uso do cheque especial. Outras modalidades de crédito também podem ser nocivas se a empresa não dispor de uma boa organização financeira.
Um bom exemplo de crédito caro que desconsidera o cheque especial é o desconto de cheques. Se uma empresa decidir descontar um cheque, a taxa média de juros chega aos 31,8%a.a.
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Essa diferença entre as taxas de juros de diferentes modalidades de crédito pode ser explicada, em parte, pelo risco que o banco assume ao emprestar esses recursos às pessoas e as empresas.
No caso mais emblemático, o do cheque especial, a taxa é muito mais alta que nas demais modalidades porque, neste tipo de empréstimo, não há uma pré-análise específica de crédito para saber sobre os riscos de inadimplência.
Leia mais: conheça as principais linhas de crédito para pequenas empresas
Como a taxa de juros deve se comportar em 2022
O Brasil encerrou o ano de 2021 com a taxa de inflação mais elevada desde 2015: 10,06%, segundo o IPCA, que é o índice oficial de inflação. Um mês antes, em novembro, a inflação acumulada em 12 meses havia atingido o maior nível desde novembro de 2003, quando ainda enfrentávamos os efeitos de uma forte desvalorização cambial.
Com esse movimento de alta nos preços domésticos, o Banco Central do Brasil passou a aumentar rapidamente a taxa básica de juros, na intenção de diminuir o ritmo de aumento da inflação.
A expectativa do mercado é que a taxa Selic encerre o ano de 2022 próxima dos 11,25%, cerca de 2% mais elevada que a taxa registrada em janeiro de 2022.
Com o aumento da Selic, devem aumentar, também, as taxas de juros cobradas pelos bancos comerciais.
A boa notícia é que, aparentemente, existe uma tendência de diminuição da inflação em 2022, o que pode abreviar o uso de uma taxa básica de juros tão elevada.
Leia mais: as previsões para a economia no Brasil em 2022
E aí, entendeu como funciona a taxa de juros no Brasil? Então, compartilhe essa informação com a sua rede de contatos e bons negócios para você 😉
¹MaisBiz está sendo disponibilizado gradativamente e está sujeito a análise.
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor universitário nos cursos de Ciências Econômicas, Administração e Relações Internacionais, coordenador do Grupo de Pesquisa DEPEC da UNIP e Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico”.
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