Depois da revolução que Pix trouxe ao Brasil, fica a dúvida: quais formas de pagamentos podem trazer mais vantagens aos consumidores e empresários? Será que vale a pena, por exemplo, substituir a maquininha de cartão de crédito por outro meio de pagamento?
Se você tem dúvidas sobre o assunto, este artigo é para você.
Aproveite!
A importância da maquininha de cartão de crédito
Em primeiro lugar, é preciso dizer o óbvio: sim, o Pix é um fenômeno local e sua presença tende a enfraquecer as outras formas de pagamento.
No entanto, o Pix e sua entrada em locais que ainda eram dominados pela maquininha de cartão de crédito é apenas uma parte da história. O cartão de crédito e débito ainda se constitui como um importante meio de pagamento e assim deve ser por muitos anos.
É claro que consideramos aqui essa sobrevida dos cartões às suas novas versões, como os cartões digitais, que hoje habitam os nossos smartphones, por exemplo.
Dados super atualizados do Banco Central do Brasil mostram que ao final do primeiro trimestre de 2022 o volume de transações feitas com cartões de crédito e débito somavam cerca de 40% de todas as transações feitas dentro do Sistema Financeiro Nacional, contra cerca de 23% do Pix.
Que tal considerar meios de pagamento alternativos?
Se os cartões prometem estar conosco pelos próximos anos, a versatilidade do pagamento via Pix chama a atenção dos brasileiros e do mundo.
Apenas para ter a dimensão do que o Pix representa ao país, os cidadãos dos Estados Unidos, por exemplo, ainda não contam com um sistema financeiro imediato como o nosso. Nessa corrida, estamos bem à frente.
Só em julho de 2022, o Brasil registrou cerca de 2,1 bilhões de operações feitas com o Pix. Isso é mais de 5 vezes que o segundo colocado em quantidade de operações mensais, o boleto.
Por isso, podemos enxergar o Pix como um elemento complementar à maquininha de cartão de crédito e não um concorrente propriamente dito.
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Como substituir a maquininha de cartão de crédito?
Agora, se você pretende optar por substituir a sua maquininha de cartão de crédito por Pix e carteira virtual, é preciso entender alguns pontos.
Primeiro, o uso da maquininha de cartão facilita muito o recebimento via Pix. E apesar de o Pix ter potencialmente menos custo para a operação, a maquininha de cartão ainda tem uma vantagem: os clientes conseguem parcelar as suas compras com maior facilidade através do cartão de crédito.
Para o empreendedor, o Pix é mais vantajoso, por possuir menos custos bancários e disponibilidade imediata do dinheiro na conta.
Por isso, para estimular o consumidor a pagar via Pix, é importante pensar em oferecer descontos ou brindes. Por exemplo, se o cliente optar por pagar com Pix, você pode oferecer 5% de desconto no valor da compra.
Pix ou cartão? O cliente escolhe!
Além dos pontos acima, existem também as particularidades dos setores que devem ser consideradas:
- Entenda quais os melhores meios de pagamento para os seus clientes: se você movimenta valores muito elevados por transação, a opção de TED, mais custosa e não-instantânea, pode ser um meio de pagamento relevante.
Pagamentos do dia a dia com valores mais baixos são dominados pelo Pix e pelos cartões de débito.
- Saiba quais meios possuem o melhor custo para o seu negócio: além de fazer uma escolha baseada no gosto do seu cliente, você também deve olhar os custos de cada operação.
Dessa forma será possível ajustar o foco para a forma de pagamento que traz menor peso financeiro para sua empresa.
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- Ao optar pela mudança, faça uma transição gradual e comunique claramente aos seus clientes: se a sua opção fugir do lugar comum, seja pelo perfil do seu cliente ou pelos custos de operação, você deve fazer a transição de forma gradual, a fim de evitar um apagão nas possibilidades de recebimento.
Entendeu as vantagens e desvantagens de substituir a maquininha de cartão de crédito por outro meio de pagamento? Agora, é hora de fazer a lição de casa e trazer o melhor de cada uma das formas de pagamento para sua empresa e, principalmente, para o seu cliente.
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica, professor universitário nos cursos de Ciências Econômicas, Administração e Relações Internacionais, coordenador do Grupo de Pesquisa DEPEC da UNIP e Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico”.
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