Investir no crescimento empresarial é parte importante da trajetória de qualquer empreendedor. Muitas vezes, nessa trajetória, pode surgir a dúvida de como fazer uma empresa crescer. E é comum que a resposta mais dita seja “vender mais”. Mas quando somente “vender mais” não traz o crescimento que o seu negócio precisa, o que fazer?
Por isso, nós preparamos esse material que vai mostrar todas as opções que você tem para fazer a sua empresa crescer. A seguir, confira algumas dicas de como conquistar o crescimento e fontes de investimento que vão trazer vantagem competitiva para o seu negócio. Vamos nessa!
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A importância dos investimentos para o crescimento empresarial
O crescimento empresarial é um caminho natural para os negócios. No ambiente competitivo é comum que as empresas busquem uma vantagem para se destacar dos demais concorrentes e, assim, crescer. Mas, nessa trajetória de crescimento, não basta fazer somente o famoso “feijão com arroz”. Assim, é importante adotar uma estratégia de crescimento da empresa que envolve investir no negócio.
Para começar, os investimentos possuem o chamado “efeito multiplicador”. Isso significa que, ao investir uma determinada quantia de dinheiro no negócio, a empresa expande a capacidade produtiva, gera mais empregos e mais renda (seja via salários diretos ou indiretos). Portanto, esse investimento vai gerar mais consumo e, consequentemente, vai alimentar o próprio crescimento do negócio.
Por fim, esse efeito multiplicador gera o que chamamos de círculo virtuoso. Ou seja, acontecimentos bons que se repetem como se estivessem em um círculo, sendo um a causa do outro. Nesse sentido, a tendência é melhorar cada vez mais. Claro que as coisas eventualmente podem não sair como esperado. Porém, no geral, quando bem planejado, os investimentos geram esse ciclo. Para isso, é essencial começar com uma boa gestão financeira.
Leia mais: saiba como ter o controle financeira da sua empresa.
O papel da gestão financeira para o crescimento empresarial
Apresentamos algumas vezes aqui no Papo Biz conceitos importantes sobre gestão financeira, ferramentas e técnicas para ajudar as empresas a obterem melhores resultados. A gestão financeira é justamente o conjunto de processos, atividades e tarefas que permitem que a empresa planeje, analise e controle suas atividades financeiras. Com isso, o negócio evita desperdícios ou outros problemas.
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O crescimento empresarial faz parte do DNA de toda empresa. Crescer e, de forma direta, ganhar mais dinheiro é fundamental e o gerenciamento financeiro faz parte dessa estratégia. Portanto, uma boa gestão financeira permitirá que a empresa tenha recursos disponíveis para investir corretamente. Dessa forma, é possível identificar oportunidades de crescimento que trarão vantagem competitiva ao negócio.
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Para isso, o ideal é munir-se de ferramentas que ajudam a fazer o seu controle financeiro e a saber o momento certo de investir, como o app da Biz, que simplifica a sua gestão financeira, organiza os seus pagamentos e ainda oferece linhas de crédito específicas para sua empresa.
Vamos à prática
Por exemplo, imagine que a área de marketing identificou a oportunidade de investir em marketing digital para elevar as vendas em 15% ao mês pelos próximos seis meses. Primeiramente, a ideia de crescer 15% ao mês é muito tentadora e dificilmente algum gestor deixaria passar essa oportunidade. Mas, para seguir com essa estratégia, é essencial que a empresa tenha clareza se há recursos disponíveis para investir. Ou seja, é preciso saber como está o seu capital de giro e se há capital suficiente.
Se houver recursos, tudo certo. No entanto, pode ser que a empresa não conte com dinheiro suficiente para investir nessa oportunidade de crescimento. Nesse caso, é a hora de considerar outras alternativas para conseguir recursos que vão contribuir para o crescimento da empresa.
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5 fontes de investimento para o crescimento empresarial
Quando se trata de fontes de investimento para financiar o crescimento da empresa, existem cinco possibilidades comumente adotadas pelos empreendedores. Essas possibilidades vão desde capital próprio até capital de risco. Conheça essas alternativas e saiba qual é a mais adequada para o seu negócio.
1) Capital próprio
A primeira fonte e a mais comum na maior parte dos negócios no Brasil é o uso de recursos próprios do empreendedor ou empreendedores, quando o negócio conta com um ou mais sócios. A ideia é bem simples, mas, como vimos, contar com recursos próprios nem sempre é possível, seja porque os recursos não estão disponíveis ou por que reuní-los pode levar um tempo.
2) Capital de amigos e familiares
A segunda fonte mais comum, especialmente em negócios que estão começando, é captar dinheiro com amigos e familiares. Em linguagem de mercado, é comum que os amigos e familiares também se enquadrem como os chamados “investidores anjos”, ou seja, aquele recurso inicial que ajuda a empresa a dar um “salto” no negócio em um momento de escassez de recursos.
Dessa forma, muitos empreendedores abordam diretamente sua família, amigos e colegas para conseguir dinheiro depois de esgotar suas próprias finanças. Como se tratam de pessoas que já conhecem o empreendedor e têm confiança no seu negócio, as chances de conseguir o investimento são mais reais – desde que não exista um histórico de perdas ou nenhum problema no relacionamento com essas pessoas.
3) Linhas de crédito PJ
A terceira fonte são as diversas linhas de crédito bancário disponíveis. As fintechs e os bancos oferecem uma série de alternativas para que as empresas possam captar recursos de maneira profissional, com critérios bem definidos, taxas de mercado e, muitas vezes, com linhas para fins específicos.
Leia mais: saiba mais sobre as principais linhas de crédito para empreendedores.
Veja a seguir alguns tipos:
- Empréstimo com garantia – quando a empresa oferece algo como garantia. Pode ser um imóvel, um automóvel ou até os recebíveis da sua máquina de cartão. A garantia serve para que a instituição tenha algum recurso seguro para quitar o crédito caso a empresa tenha problemas financeiros;
- Financiamentos – crédito cedido para fins específicos, como a compra de um imóvel, veículo ou equipamentos;
- Crédito para capital de giro – crédito cedido para atender necessidades do fluxo de caixa das empresas, como o pagamento de salários, pagamento de fornecedores ou até aluguel;
- Antecipação de recebíveis – utilizado por empresas que ainda não tem capital de giro bem estabelecido, essa linha de crédito permite que os empresários recebam os lucros de vendas já realizadas de forma antecipada;
- Microcrédito – modalidade destinada a empreendedores menores e até microempreendedores individuais (MEIs), que não têm fácil acesso a outras linhas de crédito. Geralmente são valores menores, limitados a R$20 mil, dependendo do banco. Conheça também o MaisBiz, linha de crédito pré-aprovado em conta exclusiva da Biz.
Leia mais: como e por que fazer o desenquadramento do MEI.
4) Linhas de fomento e subvenção governamental
Existem agências de fomento, sejam públicas ou privadas, com o objetivo de fornecer crédito para empresas. Essas instituições financiam capital fixo e de giro para empreendimentos previstos em programas de desenvolvimento na unidade da Federação onde estiver sediada.
Atualmente, existem 16 agências de fomento no Brasil, sendo elas:
- AFAP – AGÊNCIA DE FOMENTO DO AMAPÁ S.A.
- AFEAM – AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DO AMAZONAS S.A.
- AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DE PERNAMBUCO S.A.
- AGÊNCIA DE FOMENTO DO RIO GRANDE DO NORTE S.A.
- AGERIO – AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO S.A.
- BADESC – AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DE SANTA CATARINA S.A.
- BADESUL – AGÊNCIA DE FOMENTO DO RIO GRANDE DO SUL
- DESENBAHIA – AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DA BAHIA S.A.
- DESENVOLVE-AL – AGÊNCIA DE FOMENTO DE ALAGOAS S.A.
- DESENVOLVE MT – AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DE MATO GROSSO S.A.
- DESENVOLVE RORAIMA – AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DE RORAIMA S.A.
- DESENVOLVE SP – AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO S.A.
- FOMENTO – AGÊNCIA DE FOMENTO DO ESTADO DO TOCANTINS S.A.
- FOMENTO PARANÁ – AGÊNCIA DE FOMENTO DO PARANÁ S.A.
- GOIÁSFOMENTO – AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIAS S.A.
- PIAUÍ FOMENTO – AGÊNCIA DE FOMENTO E DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DO PIAUÍ S.A.
Além disso, também existem outras instituições públicas que podem fornecer linhas de crédito, como é o caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Nordeste e outros.
Pronampe 2023
Eventualmente, o governo também pode criar linhas para fins específicos, como financiamento de produção agrícola, de produção industrial ou financiar pequenos empreendimentos. Esse é o caso do Pronampe, uma linha de crédito PJ instituída pelo governo federal para ajudar micro e pequenas empresas na crise e recessão após a pandemia de Covid-19.
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5) Capital de risco
E não podemos esquecer do capital de risco. Mesmo para negócios menores, sempre é possível captar recursos no mercado. Essa estratégia é mais comum para grandes empresas, que geralmente emitem ações no mercado ou outros títulos de dívidas, como debêntures.
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Mas, com o desenvolvimento do ecossistema de startups nos últimos anos, o volume de fundos de investimento especializados em investir em pequenas empresas também cresceu. Paralelamente, também ganhou espaço o chamado “financiamento coletivo” ou “crowdfunding”, popularmente conhecido como “vaquinha”. No Brasil, há plataformas online que oferecem esse tipo de serviço.
Para solicitar, basta cadastrar o seu projeto e estipular um valor a ser arrecadado por determinado período de tempo. Por vezes, o pagamento aos investidores é um produto da empresa ou outros itens, como descontos, brindes, dentre outros.
Você conhecia todas essas fontes de investimentos? Agora que você sabe que existem diversas alternativas para conseguir dinheiro e investir no seu negócio, mãos à obra!
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica, professor universitário nos cursos de Ciências Econômicas, Administração e Relações Internacionais, coordenador do Grupo de Pesquisa DEPEC da UNIP e Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico”.
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