29 nov 2021

Veja como fugir das armadilhas do cheque especial

Veja como fugir das armadilhas do cheque especial

O famoso cheque que não é cheque é uma das modalidades de crédito mais usadas pelos brasileiros e pode ser a porta de entrada para mais dívidas. Vamos entender como funciona o cheque especial e como usar esse crédito pode impactar seu negócio. 


Vem com a gente!

O que é cheque especial? 

O chamado cheque especial é uma linha de crédito pré-aprovado que fica à disposição do cliente na conta corrente, caso ele não tenha mais saldo disponível. Apesar de também ser uma modalidade de empréstimo, existe uma diferença em relação às outras: normalmente, os bancos não cobram pelo recurso, a menos que ele seja de fato utilizado. Ou seja, no cheque especial, o cliente paga juros sobre os recursos utilizados.

Como funciona o cheque especial

O cheque especial é uma fonte adicional de recursos que pode ser usada quando seu saldo em conta corrente se esgotar. Na prática, se sua empresa precisa comprar algum material ou fazer um investimento e não há saldo suficiente em conta, é possível realizar a compra e o cheque especial cobre essa diferença que você precisa.

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Exemplo: se for necessário comprar cartucho para impressora no valor de R$100,00 e a conta corrente da empresa tem saldo de R$40,00, ao comprar o cartucho, o cheque especial cobre os R$60,00 faltantes, de maneira automática. 

Porém, essa operação tem a incidência de juros e esses são considerados um dos mais altos do mercado, junto com o crédito rotativo presente nos cartões de crédito. 

Os juros elevados do cheque especial são facilmente explicados: mesmo se tratando de um crédito pré-aprovado, que já passou por uma análise prévia de perfil do consumidor, há outros riscos envolvidos que impactam na tarifa desse produto.

Um desses riscos diz respeito à garantia do pagamento. Por exemplo, no caso de um crédito PJ, na hora de solicitar o empréstimo, o banco libera ou não a partir de uma análise criteriosa do seu perfil e seu patrimônio, especialmente quando se trata de valores elevados.

Mas, para produtos como o cheque especial, em que o valor também é menor e o banco não sabe para qual fim será utilizado, tampouco se você terá recursos no mês seguinte para pagar o valor que usou, os juros acabam sendo maiores.

Leia mais: saiba como sua empresa pode pagar menos impostos e tributos

Cuidados ao utilizar o cheque especial

Se por qualquer razão você precisou utilizar o cheque especial, saiba que não é o único. Dados do Banco Central mostram que cerca de 16 milhões de pessoas e empresas utilizam o cheque especial  todos os anos.

Pesquisas mais recentes mostram, ainda, que cerca de 40% das pessoas ou empresas usam o cheque especial mensalmente, ou seja, todo mês pegam dinheiro emprestado com o banco em uma das modalidades de crédito mais caras do mercado.

Se você faz parte do grupo que teve algum imprevisto e, por conta disso, teve que fazer uso do cheque especial, precisa avaliar se vale a pena continuar contratando este tipo de recurso por tempo prolongado, afinal, há incidência de juros diariamente sob o valor em aberto. Se for este o caso, entenda quais as razões do imprevisto e se deve ajustar seu planejamento.

Mas, se por qualquer razão, você tiver que permanecer fazendo uso do cheque especial, isso pode impactar seu caixa futuro. Nesse cenário, vale a pena considerar trocar esta dívida mais cara por um produto financeiro mais barato.

A BizConta, por exemplo, conta PJ digital da BizCapital, oferece acesso ao MaisBiz, linha de crédito pré-aprovado, sob análise de cada cliente, para quitar boletos da sua empresa hoje e pagar de volta somente 30 dias depois. E o melhor, cabe no seu bolso, com taxa de 5% ao mês.

Ainda ficou em dúvida? Veja a comparação entre MaisBiz e cheque especial:

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Leia mais: MaisBiz, a nova linha de crédito da BizConta

Alternativas ao cheque especial

Quando analisamos outras alternativas, é possível perceber a grande diferença que existe entre os juros que são cobrados entre as principais linhas de crédito disponíveis. O Banco Central divulga mensalmente as taxas de juros médias por produto praticadas no mercado. Confira as tarifas de juros dos principais produtos de crédito:

Como pode perceber, as taxas de juros evoluíram nos últimos meses de forma muito similar, mas, no geral, têm uma tendência de queda. Descontos de cheques e conta garantida são exceções, com juros mensais bastante elevados, superando os 20% ao ano. 

Se considerarmos o cheque especial, o gráfico fica praticamente ilegível:

Os juros do cheque especial são estratosféricos. Nos últimos 12 meses, até setembro de 2021, foram, em média, de 311% ao ano. As melhores alternativas, nesse cenário, são notadamente antecipação de recebíveis e capital de giro.

Para capital de giro, o empréstimo empresarial pode ser uma ótima solução para sua empresa. Com BizCred, crédito PJ da BizCapital, você tem até meio milhão de reais, com pagamento em até 36 meses e taxas a partir de 1,99% ao mês para investir no seu negócio. Você pede o BizCred direto do seu celular ou computador e recebe a resposta do seu pedido em minutos 👇

Leia mais: crédito por antecipação de recebíveis: o que é e como funciona

Mas ainda há outra alternativa muito atraente para as empresas: recursos direcionados. É o caso do crédito rural, financiamentos imobiliários e crédito com recursos do BNDES.

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A média dos produtos para pessoa jurídica com recursos direcionados é muito menor (8,3% ao ano). Ou seja, para empreendedores, é sempre mais recomendado evitar o uso do cheque especial para não comprometer o fluxo de caixa e saúde financeira do seu negócio.


E aí, entendeu como funciona o cheque especial? Então, compartilhe essa informação com a sua rede de contatos e bons negócios para você 😉


André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor universitário nos cursos de Ciências Econômicas, Administração e Relações Internacionais, coordenador do Grupo de Pesquisa DEPEC da UNIP e Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico”.

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