Antes de mais nada, cuidar da vida financeira de sua empresa é de maior importância, ainda mais quando estamos falando de dívidas. Por isso, saiba dos riscos que a sua empresa corre ao atrasar uma conta como, principalmente, ter aberto um protesto em cartório. Entenda os impactos diretos e indiretos destes casos.
Para ficar antenado neste desafio, veja a seguir o que é protesto em cartório e como evitar que a sua empresa passe por isso!
O que é protesto em cartório
Protesto em cartório acontece quando o credor, pessoa física ou jurídica, registra uma dívida não paga em cartório. Com uma notificação judicial, o credor declara que a obrigação não foi quitada dentro do prazo estipulado. Desse modo, fica estabelecido judicialmente que há um valor a receber, o que torna oficial a inadimplência, ou seja, a empresa está registrada oficialmente em dívida.
Com a notificação judicial emitida e comprovado o débito a pagar, não haverá resolução até a devida data de pagamento. Nesse período, o título de dívida será “fiscalizado” pelos órgãos de proteção ao crédito. Para que os órgãos de proteção ao crédito retirem o nome da empresa do cadastro negativo, basta que o devedor quite suas obrigações junto ao credor.
Existe uma diferença entre protesto de dívida em cartório e “estar negativado”. Mesmo sem protestos no cartório, a empresa ainda pode ficar negativada, resultando em uma queda no score (pontuação) do seu CNPJ no Serasa ou outras empresas.
A negativação e o protesto trazem dificuldades para a empresa realizar novos empréstimos além de impedir que ela receba benefícios de bancos ou empresas.
Leia mais: como consultar seu score e a situação do seu CNPJ.
O impacto para a sua empresa
Se, por algum motivo ,a empresa não honrar um compromisso financeiro e receber um protesto em cartório, haverá grandes dificuldades financeiras impostas ao negócio.
Com o CNPJ protestado, a pessoa jurídica sofre restrições financeiras por parte dos bancos, com sérias dificuldades de fazer empréstimos, financiamentos, consórcios e movimentações. O que pode gerar um enorme impacto negativo sobre o fluxo de caixa.
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Com a empresa “protestada”, torna-se mais difícil a composição e diversificação de estoques, o pagamento da folha de funcionários e pode comprometer todo e qualquer compromisso financeiro de curto prazo, caso a empresa não tenha um capital de giro suficientemente elevado.
Além disso, o protesto pode inviabilizar todo tipo de investimento, comprometendo a capacidade da empresa de se modernizar e competir com os seus concorrentes.
Como evitar esse risco
Fica claro que é necessário ir além de uma boa gestão empresarial. É indispensável ter também uma boa organização financeira empresarial e um bom relacionamento com o credor.
Com boa organização e saúde financeira, manter as contas em dia se torna uma preocupação de primeiro nível. Neste sentido, o empresário tem que estar atento aos seguintes pontos:
- Estabelecer limites de dívidas para que ela não saiam do controle
- Consultar periodicamente o CNPJ para descartar qualquer tipo de protesto ou negativação
- Possuir e cultivar um bom ccore nos órgãos de proteção ao crédito
- Buscar ter boas relações com os credores
- Ter boas equipes contábil e financeira
- Pagar as contas em dias com ajuda de débito automático ou DDA.
Leia mais: como fazer um controle financeiro para reduzir os riscos e evitar a inadimplência.
Como o app da Biz pode ajudar
O app de gestão financeira da Biz oferece diversas funcionalidades que ajudam na sua rotina financeira. Como exemplo, a área de contas a pagar reúne todos os pagamentos da sua empresa em um só lugar. Além disso, envia lembretes próximos às datas de pagamento e permitir o cadastro do débito automático, para não precisar se preocupar com as datas de vencimento.
Além de crises mais amplas, imprevistos podem surgir e trazer dificuldades financeiras e o controle não está diretamente relacionado à capacidade do empresário de resolvê-las. Caso aconteça com a sua empresa, analise se há como arcar com a dívida ou de impedi-la de sair do controle.
Caso não possua condições de saldar suas obrigações de curto prazo, busque o diálogo com seu credor para que ele avalie a possibilidade de renegociação dos débitos. Neste caso, é importante fazer uma proposta que seja adequada ao seu orçamento e que não represente complicações futuras.
Agora que você conhece os riscos envolvidos nos protestos e negativações, esteja sempre atento! É essencial ter uma gestão financeira organizada, evitar problemas e deixar sua empresa no azul, sem inadimplência e com boa reputação.
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica, professor universitário nos cursos de Ciências Econômicas, Administração e Relações Internacionais, coordenador do Grupo de Pesquisa DEPEC da UNIP e Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico”.
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