Investir é um passo importante, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas, principalmente em ambientes de grande volatilidade, como tem sido o cenário econômico brasileiro nos últimos anos. Manter o poder de compra deve ser a prioridade máxima, então deve-se apostar nos melhores investimentos para isso.
Por isso, investir aquele dinheiro que está parado, construir uma reserva de emergência ou até mesmo um fundo para projetos futuros, como expansão ou modernização do seu negócio, são pontos que devem ser levados em consideração e podem ser atingidos por meio de investimentos.
Reunimos aqui alguns dos melhores investimentos para pessoas jurídicas, além de algumas dicas para dar os primeiros passos. Quer saber mais? Então, vem com a gente!
A importância dos investimentos para sua empresa
O ano de 2022 tem sido particularmente difícil no que diz respeito ao aumento dos preços para consumidores. No Brasil, a inflação alcançou o nível mais alto em 19 anos e a maior inflação mensal para meses de março desde que o Plano Real foi colocado em prática, em julho de 1994.
Acontece que, a mesma inflação que dói no bolso do consumidor pode doer também no bolso dos empresários. Isso porque a empresa demanda insumos, matérias-primas e produtos, que também sofrem influência da escalada de preços.
Leia mais: como a inflação no Brasil afeta sua empresa?
Diante do quadro inflacionário, é muito importante ter em mente que a defesa do poder de compra do capital de giro deve ser prioridade máxima. Afinal, com os preços de matérias-primas e estoques em alta, é fundamental que o empresário consiga manter sua operação em dia.
O empréstimo empresarial pode ser uma ótima alternativa para conseguir capital de giro, mas é fundamental que o pedido de crédito seja planejado.
“Algumas empresas gastam mais do que faturam e usam o crédito para postergar uma situação e não para fazer o negócio crescer. A ideia do empréstimo PJ é que ele ajude a empresa a lucrar mais, não a se endividar”, explica Cristiano Rocha, diretor de crédito e cofundador da BizCapital.
Na BizCapital, por exemplo, as condições do crédito PJ são personalizadas de acordo com o seu negócio, a resposta do pedido sai em poucos minutos e todo o processo é feito direto do computador ou celular. Para solicitar até meio milhão de reais no BizCred, é só clicar aqui!
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Investindo o capital “parado” o empresário não só tem mais uma forma de encontrar rendimentos, mas também de defender o dinheiro da empresa contra os efeitos da inflação.
Como investir dinheiro da minha empresa
Se a empresa dispõe de recursos extras que estão aguardando pelo momento certo de investir, é hora de ir além e pensar em fazer esse dinheiro render mais do que se você optasse pelos investimentos associados às contas correntes.
Esteja preparado para investir
Não se esqueça que a regra para investir os recursos de uma empresa são muito parecidas com aquelas que usamos para as pessoas físicas.
Em primeiro lugar, encontre um investimento seguro para alocar a sua reserva de emergência. Não coloque a sua reserva de emergência em ativos que apresentem longos prazos para resgate ou em operações que podem diminuir o patrimônio do seu negócio em momentos de incerteza.
Procure uma corretora
Estando seguro da decisão em investir, é hora de escolher uma corretora para intermediar essas operações.
Em alguns casos, o seu próprio banco pode oferecer alguns bons títulos sem taxas de administração, no entanto, procurar uma corretora pode ampliar as possibilidades de investimento.
Apresente a documentação necessária
Abrir uma conta em uma corretora é muito fácil e exigirá do investidor apenas alguns documentos.
É claro que a exigência pode mudar de uma corretora para outra, mas, de modo geral, os documentos solicitados são:
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
- Balanço Patrimonial;
- Declaração de faturamento dos últimos 12 meses;
- Última alteração contratual da empresa.
Crie o hábito de acompanhar a economia
Acompanhar mais de perto os movimentos da economia e seus indicadores, como o aumento da taxa Selic, os índices de inflação e os indicadores de atividade econômica são fundamentais para obter resultados positivos em suas aplicações.
Esses indicadores vão ajudar você a escolher investimentos mais rentáveis, além de deixar sua estratégia e seu planejamento financeiro empresarial mais adequados ao momento atual do seu negócio.
Leia mais: o que é taxa Selic e como ela impacta sua empresa
Tenha cuidado com a tributação
Pessoas jurídicas que investem também são obrigadas a pagar tributos sobre os ganhos obtidos a partir de suas aplicações.
Com uma carga regressiva, a alíquota de Imposto de Renda que é descontado no resgate de uma aplicação começa em 22,5% para resgates nos primeiros 6 meses e tem sua menor alíquota após 720 dias.
Vale lembrar que, para resgates com menos de 30 dias, também irá incidir o IOF.
Leia mais: saiba como não ter o CNPJ negativado
Melhores investimentos para pessoa jurídica
O empreendedor que quer investir pode encontrar um ambiente menos diverso do que a pessoa física. Mas, ainda sim, há opções que vão da renda fixa à variável.
CDB
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é considerado um produto de alta segurança. Ele conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que realiza a reposição de até R$250 mil por CNPJ no caso de quebras ou insolvências do banco.
Por ter uma boa diversidade de produtos, o super popular CDB é sempre interessante como investimento para empresas, pois oferece diferentes prazos, liquidez e rentabilidades para cada perfil de negócio.
Isso vai permitir que sua empresa tenha autonomia para escolher os títulos que se encaixam melhor às suas necessidades e ao caixa. Os títulos com liquidez diária podem ser boas alternativas para formação de reserva de emergência.
LCI/LCA
As siglas LCI e LCA significam Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio. De um modo geral, são bem semelhantes ao CDB, pois também são produtos garantidos pelo FGC, com boa liquidez e fácil aplicação.
Esses títulos também contribuem para setores específicos, pois, ao aplicar em LCI e LCA, você também estará movimentando o setor com novos recursos, gerando um ciclo positivo para o mercado.
Ah, o LCI e LCA também podem ter remuneração atreladas a um índice ou pré-fixada.
Um exemplo de título atrelado a índice é o LCI. Este título remunera seu comprador com o IPCA (índice de inflação), acrescido de 4%, a taxa média dos últimos anos. Na prática, você garante que sua empresa tenha retornos de 4% acima da inflação,
Fundos
Fundos de investimento podem ser boas alternativas para os empreendedores que desejam aplicar seus recursos.
Essa opção deve ser analisada com cautela e atenção, uma vez que, diferente das anteriores, pode trazer risco ao seu capital. Portanto, se o capital for de reserva de emergência, este tipo de investimento não é recomendado.
Por outro lado, se você quer diversificar o portfólio de investimentos de sua empresa, essas cestas de ativos se destacam por conta da diversidade de opções. Afinal, existem diferentes categorias de fundos.
Vale lembrar que os fundos contam com todas as regulações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que assegura que as empresas apliquem seu capital com maior tranquilidade.
Leia mais: como as taxas de juros podem influenciar seu negócio
Bolsa de valores
A Bolsa de Valores é, sem dúvidas, um dos locais onde pode-se conseguir boa rentabilidade e as empresas podem considerá-la como opção para diversificar ainda mais seus investimentos.
Mas atenção! Essa é uma das opções que traz mais riscos ao seu patrimônio, por conta da grande instabilidade que ronda o mercado financeiro.
Entrar nesse mercado pode exigir paciência e tempo para que se alcance bons resultados financeiros, o que os torna menos atraentes para muitas empresas.
Se você entender que faz sentido para o seu negócio, lembre-se que, no longo prazo, as ações tendem a se valorizar.
E aí, entendeu quais são os melhores investimentos para sua empresa? Então, salve esse post nos seus favoritos, compartilhe essa informação com a sua rede de contatos e bons negócios para você 😉
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica, professor universitário nos cursos de Ciências Econômicas, Administração e Relações Internacionais, coordenador do Grupo de Pesquisa DEPEC da UNIP e Mestre em Economia Política pela PUC-SP. Possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico”.
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